Canalização das Empresas.
Olha… tem coisa que a gente só percebe depois de levar um leve tapa de realidade. Tipo aquele dia em que você descobre que o iFood não é só um app de comida, o Nubank não é só um banco, e o Itaú… bom, o Itaú tá vendendo iPhone como quem vende panetone no fim do ano.
Esses exemplos não estão aqui por acaso. Eles fazem parte de um movimento sutil, quase sorrateiro, que está mudando a forma como as empresas se enxergam (ou deveriam):
a canalização das empresas.
Sim, isso tem nome. E sim, provavelmente já tá acontecendo aí do seu lado — mesmo que você ainda esteja achando que vende só o que tá no seu menu de serviços.
Mas o que é essa tal de canalização de empresas?
Pensa comigo: você cria um produto, começa a atrair clientes, investe em experiência, tecnologia, comunidade… e de repente percebe que tem uma base fiel de gente te ouvindo, clicando, confiando.
Nesse ponto, você pode continuar vendendo seu produto. Ou pode fazer o que essas empresas espertinhas estão fazendo: usar essa base como um canal.
Um canal de vendas, de mídia, de distribuição.
Ou seja, você deixa de ser só o que você entrega… e vira o por onde qualquer coisa pode ser entregue.
Não é mágica. É estratégia.
E, se for bem feita, é quase um truque de mestre.
De produto a canal (sem você nem perceber)
Vamos aos exemplos — porque teoria sem caso real é igual reunião de alinhamento sem ação: cansativa e inútil.
O Nubank começou como cartão de crédito, mas virou aquele aplicativo que você abre mais do que o WhatsApp. Com 110 milhões de clientes, virou o quê? Canal.
O iFood te entrega sushi, sim. Mas também te entrega mercado, farmácia, bebidas e, se bobear, um plano odontológico na próxima Black Friday. Canal.
O Itaú, senhoras e senhores, não tá só gerenciando sua conta. Tá vendendo iPhone mais do que loja de tecnologia. Isso mesmo. Banco? Também. Mas, antes de tudo, canal.
E qual é o segredo por trás dessa transformação?
Simples: essas empresas têm acesso direto, frequente e contextualizado ao cliente.
Sabem o que ele faz, quando ele compra, onde ele mora e até o que ele esqueceu no carrinho ontem à noite.
Isso não é só dado. Isso é infraestrutura de distribuição.
Isso é mídia com conversão embutida.
Tá, mas por que isso importa pra você?
Porque enquanto você tá aí se preocupando com funil de vendas e CAC, tem gente usando a base que já tem como canal de venda de tudo que é possível — e ganhando uma fatia de um bolo que você nem viu que estava sendo servido.
A tal da canalização das empresas não é sobre vender mais do mesmo. É sobre abrir espaço pra vender coisas novas, com a estrutura que você já tem.
E, olha, isso pode acontecer de forma natural — ou você pode provocar esse movimento.
Começa assim:
- Você tem uma base?
- Ela tá conectada com você?
- Ela confia em você?
- Você entrega valor com frequência?
Se sim, parabéns. Você não tem só um produto.
Você tem um canal. E tá perdendo dinheiro se ainda não entendeu isso.

Resuminho sobre Canalização de Empresas pra colar na geladeira:
- Canalização das empresas é quando você percebe que o produto é só o começo.
- O verdadeiro ouro tá no canal: a base de clientes ativa, frequente e engajada.
- Nubank, iFood e Itaú já estão jogando esse jogo.
- Você pode (e deve) jogar também.
Então, próxima vez que alguém te perguntar o que sua empresa faz, pensa bem.
Talvez a resposta seja:
“A gente vende um produto…
…mas o que temos mesmo é um canal.Então a pergunte-se sempre: o que mais a gente pode vender por aqui?”