Lembra quando a China era o paraíso das marcas de luxo? Pois é, parece que o jogo virou. Nos últimos anos, o mercado chinês, que já representou 16% das vendas globais de bens de luxo pessoais em 2023, começou a dar sinais de cansaço. Mas o que aconteceu com esse romance?
Primeiro, a economia chinesa deu uma esfriada. A crise imobiliária por lá fez muita gente pensar duas vezes antes de gastar com aquela bolsa ou relógio caríssimo. Afinal, quando o bolso aperta, o luxo é o primeiro a dançar. Além disso, o desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos atingiu 21,3% em 2024, bem acima da média nacional de 5,2%. Com menos grana no bolso, fica difícil manter o hábito de compras extravagantes.
E não para por aí. A galera mais jovem na China está mudando de vibe. Em vez de ostentar produtos caros, eles estão preferindo experiências e produtos mais acessíveis. E aí entram os “dupes”, aquelas réplicas de alta qualidade que fazem sucesso online. Por que gastar uma fortuna se você pode ter algo parecido por uma pechincha?
Além disso, o governo chinês tem promovido a ideia de “prosperidade compartilhada”, incentivando uma distribuição mais equilibrada de riqueza. Isso fez com que muitos ricos pensassem duas vezes antes de sair por aí exibindo suas aquisições luxuosas, com medo de parecerem exibidos ou fora de sintonia com a nova onda.
A China e o mercado de Luxo
Diante desse cenário, marcas como LVMH, Kering e Burberry sentiram o baque, perdendo bilhões em valor de mercado em 2024. Agora, essas grifes estão de olho em novos mercados, como Índia, Oriente Médio e Sudeste Asiático, tentando compensar a queda nas vendas chinesas.
Então, será que o glamour na China perdeu o brilho? Pelo menos por enquanto, parece que sim. Mas, como a moda é cíclica, quem sabe a China e o mercado de luxo não pfazem as pazes? Vamos acompanhar os próximos capítulos dessa novela fashion.