Já ouviu falar no case da Gymshark? Imagine um jovem de 19 anos, estudante universitário durante o dia e entregador de pizzas à noite. Esse era Ben Francis em 2012, na cidade de Birmingham, Inglaterra. Mas, por trás das entregas de pepperoni, havia uma paixão ardente pela academia e um olhar atento para oportunidades que gigantes como Nike e Adidas não enxergavam.

Ben percebeu que os verdadeiros levantadores de peso não estavam interessados apenas em marcas de status, mas buscavam roupas que destacassem seu progresso nos treinos. Então, junto com seu amigo Lewis Morgan, ele decidiu agir. Com economias modestas, compraram uma máquina de costura e uma impressora gráfica, e, na garagem da mãe de Ben, começaram a dar vida à Gymshark.

Em 2013, a Gymshark deu um passo ousado

Investiram todas as suas economias em um estande na BodyPower, a maior exposição de fisiculturismo da Europa. Sem verba para grandes promoções, decidiram presentear influenciadores fitness do YouTube com suas criações. E não é que deu certo? As vendas diárias saltaram de US$ 450 para impressionantes US$ 45 mil!

Mas eles não pararam por aí.

Construíram uma equipe dedicada a entender profundamente os desejos dos frequentadores de academia, analisando desde históricos de compra até padrões de treino e engajamento nas redes sociais. Com esses insights, a Gymshark sabia exatamente quando e como oferecer novos produtos aos seus clientes.

Em 2017, Ben tomou uma decisão surpreendente: deixou o cargo de CEO, reconhecendo que precisava aprender mais para levar a Gymshark ao próximo nível. Trouxe Steve Hewitt, ex-Reebok, para guiá-lo na administração de uma marca global. No ano seguinte, a empresa lançou pop-ups chamados “We Lift This City” em diversas cidades, oferecendo produtos exclusivos e fortalecendo sua comunidade.

Os resultados?

Em 2019, a Gymshark ultrapassou US$ 210 milhões em faturamento, com um lucro líquido de US$ 18 milhões. Em 2020, vendeu 21% da empresa por US$ 300 milhões, alcançando um valor de mercado de US$ 1,38 bilhão. E o crescimento não parou por aí; em 2023, a Gymshark continuou expandindo, superando até mesmo o crescimento médio anual da Nike desde 2018.

A lição aqui é clara: ao focar na construção de uma comunidade autêntica e entender profundamente seu público, a Gymshark não vende apenas roupas, mas um sentimento de pertencimento.

E você, está pronto para transformar sua paixão em um fenômeno global?