O que você precisa saber sobre Arquitetura de Marca

Sua empresa virou uma bagunça de marcas e promessas? Então este texto é pra você.

Sabe quando a gente arruma a casa no improviso, empurra as tralhas pra dentro do armário, fecha rápido e pensa: “depois eu resolvo isso”?
Pois é. Tem marca que faz isso com o próprio portfólio.

A empresa começa pequena, tudo lindo, tudo na mesma caixinha.
Mas aí cresce, lança produto novo, abre frente B, cria uma submarca “só pra testar”…
E quando vê, ninguém sabe mais quem é quem nessa novela mexicana corporativa. Nem o cliente. Nem o time de vendas. Às vezes, nem o fundador.

Aí, minha amiga, meu amigo… a coisa começa a desandar.
Não é que crescer seja o problema — crescer é ótimo!
O caos é que a empresa cresce no braço, mas não cresce na estratégia de marca.

É aí que entra nossa heroína da história: a tal da arquitetura de marca.
(Pode tirar a capa, porque ela é mais Excel do que Marvel… mas salva vidas do mesmo jeito.)

Arquitetura de marca: o que é, e por que você devia dormir pensando nela

Calma. Não precisa fazer TCC sobre isso.

Arquitetura de marca nada mais é do que um jeito organizado de estruturar suas marcas, produtos e linhas, de forma que tudo faça sentido pro cliente e funcione de maneira estratégica pra você.

Imagina uma árvore.
A marca principal é o tronco.
As submarcas são os galhos.
As linhas de produto? As folhas.

Se você planta qualquer coisa, de qualquer jeito, vira matagal.
Se você organiza bem… vira jardim botânico.

Então, vamos às categorias, pra você não chamar folha de tronco e vice-versa:

  • Marca corporativa: é o nome da empresa mesmo. Ex: Nestlé.
  • Submarca: tem nome próprio, mas é ligada à mãe. Ex: Nescau.
  • Linha de produto: variações dentro de uma marca. Ex: Nescau 2.0, Nescau Prontinho.
  • Extensões: quando uma marca entra em uma nova categoria. Ex: Nescau virar barra de cereal (sim, isso já existiu).

Mas, por que isso importa?

Porque quando a coisa é bem estruturada, o cliente entende o valor.
Sabe o que tá comprando.
Confia.
Compra de novo.
Fala bem.
E você gasta menos com marketing porque a própria arquitetura trabalha por você.

Agora, quando a arquitetura é um samba do branding doido…
Você gasta energia pra explicar o básico.
A mensagem se perde.
E sua marca, que podia ser forte, vira confusa.

3 modelos de arquitetura de marca que você precisa conhecer

E aqui vai uma parte que parece teórica, mas que muda seu jogo inteiro:

🏛️ 1. Marca Monolítica (Branded House)

Tudo sob uma marca só.
Exemplo: Google.
Google Docs, Google Drive, Google Meet… tudo carrega o nome da mamãe.

Vantagem: Força concentrada. Todo mundo já conhece a marca.
Desvantagem: Se um produto dá ruim, pode respingar no resto.

🤝 2. Endossada

A submarca tem vida própria, mas recebe o selo da marca mãe.
Exemplo: Nestlé – Nescau.

Vantagem: A nova marca já nasce com credibilidade.
Desvantagem: Pode ficar com cara de “filho do meio”: não é independente, nem 100% institucional.

🏠 3. House of Brands

Cada marca é um universo.
Exemplo: Unilever com OMO, Dove, Rexona, etc.

Vantagem: Total liberdade criativa. Cada marca pode ter sua personalidade.
Desvantagem: É caro manter. E dá trabalho pra unificar a visão estratégica.

Mas como saber se você precisa organizar isso aí?

Simples: se algum desses sinais aparecer, liga o alerta da arquitetura:

  • Seu cliente acha que sua marca é o nome do seu produto.
  • Seu time de vendas não sabe o que priorizar.
  • Um produto tá canibalizando o outro e ninguém sabe quem manda.
  • A comunicação parece três empresas diferentes.
  • Você precisa de um slide de 6 minutos só pra explicar sua estrutura.

Então, se você se identificou com dois ou mais… é hora de fazer a limpa.
(No bom sentido. Ninguém vai cortar produto no escuro, relaxa.)

Como começar a arrumar essa bagunça (sem quebrar tudo)

Primeiro passo?
Mapa do caos.

Senta e lista todos os nomes que você usa:
Produtos, marcas, linhas, campanhas… tudo.

Depois, responda:
– Qual o papel de cada um?
– Pra quem ele fala?
– Tem coisa competindo entre si?
– A marca principal tá visível?
– O naming faz sentido?

Aí sim, dá pra:

  • Definir funções: quem é guarda-chuva, quem é extensão, quem é projeto especial.
  • Alinhar narrativa: todas as marcas contam a mesma história no fundo?
  • Ajustar visual: identidade precisa conversar entre si. (Nem todo mundo precisa ser igual, mas prima tem que parecer prima.)

Ah! E por favor: envolva o time.
Vendas, produto, marketing.
Todo mundo precisa saber onde pisa.

E sim, rebranding pode ser delicado.
Mas com um bom motivo, vira renascimento – não ruptura.

Exemplo pra ilustrar a falta da arquitetura de marca

Imagina uma empresa de alimentos saudáveis.

Começou com a marca “Vida Leve”. Tudo lindo.
Aí lançou barrinha de cereal, e criou a marca “PowerSnack”.
Depois fez bebida funcional e inventou “HydraZen”.
E lançou uma linha kids chamada “Levinha”.

De repente, o consumidor vê 4 marcas diferentes, sem entender que todas vêm da mesma empresa.
Então, piora: nenhum produto parece se apoiar no outro.
Resultado? Mais custo, menos confiança, menos recompra.

Mas qual a solução?

  • Unificar narrativa: mostrar que tudo é da “Vida Leve”.
  • Redesenhar as submarcas como linhas (ou manter os nomes, mas endossar).
  • Criar lógica de naming.
  • Reforçar a marca principal na embalagem.

Simples? Não.
Viável? Com certeza.

Arquitetura de marca é estratégia — não estética

Não é só sobre mudar nome e fazer logo novo. Pois é, sobre clareza, coesão e escala sustentável.

Quer crescer sem se perder no caminho?
Então sua marca precisa de um projeto que organize a casa antes de sair comprando sofá novo.

Ou seja: pare de empurrar as coisas pro armário.

📢 E agora, bora botar ordem na casa?

Se sua empresa já tem várias frentes, produtos ou marcas, mas sua comunicação parece um quebra-cabeça sem tampa…
Talvez esteja na hora de redesenhar sua arquitetura.

Fala com a gente.
A Nove te ajuda a construir uma marca que cresce com consistência — e com cada peça no seu lugar. 😉

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